São Paulo comemora neste dia 25 o seu 458º aniversário. Durante esses
anos, “Sampa” passou de um vilarejo à quinta maior metrópole do mundo,
que acolhe todos os povos, culturas e crenças.
Aniversariante exibe gigantismo no lazer e cultura e oferece opções para quem busca grandes recordações
A cidade de São Paulo é superlativa. A maior ponte, o maior
parque, o maior zoológico, a maior linha metroviária, entre outros
pontos, fazem da capital um endereço de emoções únicas e exageradas. Em
nenhum outro lugar do país se encontra acervos mais completos e raros
nos museus, opções gastronômicas nos restaurantes ou baladas para os
mais variados gostos.
Haja tempo para aproveitar a metrópole como se deve. Até parece que
aquela fama dos anos 1970 e 1980 de que a cidade de Itu, no interior do
estado, era a terra dos itens exagerados foi adotada pela capital.
Alguns recordes de tamanho são exóticos, como o do maior globo
espelhado de danceteria, na The History, com inacreditáveis 2,2 metros
de diâmetro, ou a maior estátua equestre (escultura de um cavaleiro e
seu cavalo) em homenagem ao Duque de Caxias, que fica na Praça Princesa
Isabel, no Centro. A obra é do escultor Victor Brecheret, tem 41 metros
de altura, é feita de ferro e bronze e pesa cerca de 50 toneladas. Para
se ter uma ideia, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, mede 38 metros
de altura.
De acordo com a São Paulo Turismo, em 2010 a cidade recebeu 11,7
milhões de turistas, mais do que a soma da sua população. Deste total,
1,6 milhão era estrangeira.
O tempo de permanência dos visitantes também é grande. Os brasileiros
têm uma estadia média de 3,6 pernoites na cidade. Os estrangeiros
passam, em média, 5,5 pernoites.
DIVERSÃO/ Opções de entretenimento não faltam para quem vive ou
visita a cidade. São 110 museus, 299 salas de cinema, 160 teatros e 80
shoppings centers. Para quem vem conhecer a marca registrada da cidade, a
gastronomia variada, há 12,5 mil restaurantes e 15 mil bares.
A estimativa é de que esses quase 30 mil estabelecimentos compõe um
mosaico com 52 tipos de cozinhas diferentes, incluindo a culinária
regional e a internacional. Economicamente, a capital paulista também
exibe força com 12% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro e 35% do
PIB do estado.
O cantor Lobão, 54 anos, nasceu e fez carreira musical no Rio de
Janeiro, quando a geração roqueira dos anos 1980 conquistou as paradas
de sucesso. Há cerca de quatro anos, ele trocou o Rio pelos exageros de
São Paulo.
“A cidade oferece uma infinidade de recursos e possibilidades como nenhuma outra”, diz o cantor que compôs uma música para a cidade chamada “Song for Sampa”.
“A cidade oferece uma infinidade de recursos e possibilidades como nenhuma outra”, diz o cantor que compôs uma música para a cidade chamada “Song for Sampa”.
História de São Paulo
Muita coisa mudou desde que São Paulo era um pequeno amontoado de casas
feitas de taipa de pilão, de onde partiam os bandeirantes rumo a Minas
Gerais, em busca do ouro, e onde os jesuítas encontraram um “clima
fresco” semelhante ao europeu e fundaram o Real Collegio.
O “pequeno amontoado” de casas é hoje uma metrópole de 10,4 milhões de habitantes, uma das mais populosas do mundo. O clima fresco de 451 anos atrás hoje está bem mais quente, graças ao concreto, aos automóveis e à escassa arborização. Até a famosa garoa, que consagrou a cidade, está se tornando coisa do passado. A cidade assistiu a uma transição da chuva fraca e contínua para aquelas intensas e rápidas, que provocam as já também famosas enchentes.
São Paulo demorou para se desenvolver. Até 1876 a população local era de 30 mil habitantes. Com a expansão da economia, graças especialmente ao café, em menos de 20 anos este número pulou para 130 mil. Mesmo pequena, a cidade pensava grande. O Viaduto do Chá foi inaugurado em 1892 e, em 1901, foi aberta a Avenida Paulista, a primeira via planejada da capital. A via, que viria a se tornar endereço dos barões do café, não tinha nenhuma casa na época, mas o engenheiro responsável pela obra, Joaquim Eugênio de Lima, profetizava que ela seria “a via que conduzirá São Paulo ao seu grande destino”.
Outras grandes obras, como a Estação da Luz e o Theatro Municipal, comemoraram a entrada no século XX e marcaram uma nova fase na vida da cidade. São Paulo se industrializava e, para atender à demanda, imigrantes de diversos países da Europa e do Japão adotaram uma nova pátria, fugindo das guerras. Entre os anos de 1870 e 1939, 2,4 milhões de imigrantes entraram no estado de São Paulo, segundo dados do Memorial do Imigrante.
Italianos, japoneses, espanhóis, libaneses, alemães, judeus. Dezenas de nacionalidades estabeleceram comunidades em São Paulo e contribuíram para que a cidade se tornasse um rico centro cultural e um exemplo de como povos com histórico de guerras e disputas podem viver em paz.
Isso sem falar dos migrantes, que ainda hoje saem de seus estados e municípios em busca da ‘terra da prosperidade’ e do trabalho, onde todos vivem com pressa. Como diz a música “Amanhecendo”, de Billy Blanco: “Todos parecem correr/ Não correm de/ Correm para/ Para São Paulo crescer”.
Muitos prosperam na cidade mais rica da América Latina, mas outros tantos engrossam a lista de desempregados, que oscila em torno de 17% da população economicamente ativa. Sem emprego ou em subempregos, essas pessoas entram também na estatística dos habitantes que vivem em favelas – mais de 1 milhão, de acordo com dados da secretaria de Habitação. O desafio de São Paulo é continuar correndo para reduzir estes números.
O “pequeno amontoado” de casas é hoje uma metrópole de 10,4 milhões de habitantes, uma das mais populosas do mundo. O clima fresco de 451 anos atrás hoje está bem mais quente, graças ao concreto, aos automóveis e à escassa arborização. Até a famosa garoa, que consagrou a cidade, está se tornando coisa do passado. A cidade assistiu a uma transição da chuva fraca e contínua para aquelas intensas e rápidas, que provocam as já também famosas enchentes.
São Paulo demorou para se desenvolver. Até 1876 a população local era de 30 mil habitantes. Com a expansão da economia, graças especialmente ao café, em menos de 20 anos este número pulou para 130 mil. Mesmo pequena, a cidade pensava grande. O Viaduto do Chá foi inaugurado em 1892 e, em 1901, foi aberta a Avenida Paulista, a primeira via planejada da capital. A via, que viria a se tornar endereço dos barões do café, não tinha nenhuma casa na época, mas o engenheiro responsável pela obra, Joaquim Eugênio de Lima, profetizava que ela seria “a via que conduzirá São Paulo ao seu grande destino”.
Outras grandes obras, como a Estação da Luz e o Theatro Municipal, comemoraram a entrada no século XX e marcaram uma nova fase na vida da cidade. São Paulo se industrializava e, para atender à demanda, imigrantes de diversos países da Europa e do Japão adotaram uma nova pátria, fugindo das guerras. Entre os anos de 1870 e 1939, 2,4 milhões de imigrantes entraram no estado de São Paulo, segundo dados do Memorial do Imigrante.
Italianos, japoneses, espanhóis, libaneses, alemães, judeus. Dezenas de nacionalidades estabeleceram comunidades em São Paulo e contribuíram para que a cidade se tornasse um rico centro cultural e um exemplo de como povos com histórico de guerras e disputas podem viver em paz.
Isso sem falar dos migrantes, que ainda hoje saem de seus estados e municípios em busca da ‘terra da prosperidade’ e do trabalho, onde todos vivem com pressa. Como diz a música “Amanhecendo”, de Billy Blanco: “Todos parecem correr/ Não correm de/ Correm para/ Para São Paulo crescer”.
Muitos prosperam na cidade mais rica da América Latina, mas outros tantos engrossam a lista de desempregados, que oscila em torno de 17% da população economicamente ativa. Sem emprego ou em subempregos, essas pessoas entram também na estatística dos habitantes que vivem em favelas – mais de 1 milhão, de acordo com dados da secretaria de Habitação. O desafio de São Paulo é continuar correndo para reduzir estes números.
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