Sétimo ministro a deixar o governo Dilma
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, pediu demissão “em caráter
irrevogável” neste domingo (4). Em nota oficial divulgada no site do
ministério, Lupi afirma que sai por causa da “perseguição política e
pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e
sem provas.”
Sétimo ministro a deixar o governo Dilma
Ele é o sétimo ministro a não completar o primeiro ano do mandato da presidente Dilma. Antes dele, já deixaram o cargo: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi (Agricultura) e Orlando Silva (Esportes).
Ele é o sétimo ministro a não completar o primeiro ano do mandato da presidente Dilma. Antes dele, já deixaram o cargo: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa), Pedro Novais (Turismo), Wagner Rossi (Agricultura) e Orlando Silva (Esportes).
“Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e
conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros
setores do governo”, afirma Lupi no comunicado. Segundo a nota, a
decisão da Comissão de Ética da Presidência em recomendar sua saída
também não lhe deu direito de defesa.
O ministro diz ainda que deixa o governo com “consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence."
O ministro diz ainda que deixa o governo com “consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence."
Nas últimas semanas, várias denúncias vieram à tona sobre a gestão de
Lupi à frente do Ministério do Trabalho. Há a suspeita de que
assessores da pasta teriam cobrado propina de ONGs (organizações não
governamentais). Também foi questionada uma viagem feita por Lupi a
cidades do Maranhão em 2009 a bordo de um avião providenciado por um
empresário que mantinha contratos com o governo. Recentemente,
reportagens revelaram que o ministro teria sido funcionário fantasma na
Câmara dos Deputados e teria acumulado cargos no Congresso Nacional e na
Câmara Municipal do Rio de Janeiro.
Diante das denúncias, a Comissão de Ética Pública da Presidência recomendou a Dilma a demissão de Lupi. A presidente não era obrigada a acatar a sugestão.
No dia 10 de novembro, em uma audiência na Câmara dos Deputados, Lupi
pediu desculpas à presidente por declarações dadas anteriormente que
desagradaram Dilma. Na ocasião, ele afirmou que não quis ser agressivo e
disse amar a presidente.
Antes, ao comentar a possibilidade de deixar o ministério por causa
de denúncias contra ele, Lupi havia afirmado que só sairia do cargo
fosse “abatido a bala”. Dilma não gostou da afirmação e mandou
repreender o auxiliar.
Ao sair do hotel onde esteve hospedada em Caracas, na última
sexta-feira (2), a presidente foi perguntada se a “declaração de amor”
feita por Lupi estava influenciando sua dificuldade em decidir o destino
do ministro. Em resposta, Dilma disse que já não é mais uma
“adolescente romântica”.
- Eu tenho 63 anos de idade, uma filha com 34 anos, um neto de um ano
e dois meses. Eu não sou propriamente uma adolescente e diria, também,
uma romântica. Eu acho que a vida ensina a gente e eu acho que a gente
tem que respeitar as pessoas, mas eu faço análises muito objetivas.
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